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Cannabis e lúpulo: as diferenças notáveis - Oz

A evolução do lúpulo (Humulus lupulus) e da cannabis (Cannabis sativa) revela uma relação genética íntima entre essas duas plantas. Ambas pertencem à família Cannabaceae e compartilham um ancestral comum. Há milênios, as duas espécies divergiram, seguindo caminhos evolutivos distintos, adaptando-se a diferentes ambientes e desenvolvendo características únicas – na natureza, e nas mãos de nós humanos.


O lúpulo é conhecido por suas flores femininas que contêm lupulinas, compostos parecidos quimicamente com os terpenos do cannabis, responsáveis pelo sabor amargo característico das cervejas. Acredita-se que a planta tenha evoluído para produzir lupulinas como uma forma de defesa contra insetos e patógenos. Essas substâncias têm propriedades antimicrobianas e ajudam a preservar a cerveja, além de contribuírem para o aroma, a formação de espuma e a estabilidade do produto final.


A cannabis, por sua vez, eventualmente desenvolveu uma mutação que a levou a produzir uma resina contendo canabinoides com efeitos psicoativos em humanos, mas que nem sempre afetam os animais. Existem debates entre biólogos sobre qual a função evolutiva dessas substâncias antes do aparecimento dos humanos. Alguns acreditam que os canabinoides podem atrair insetos polinizadores, mas isso nem sempre acontece, pois a cannabis pode se polinizar com o evento. Outros acreditam que a resina ofereça uma proteção contra a radiação ultravioleta do sol, mas isso em si não explica a presença dos canabinoides.


Apesar de suas diferenças evolutivas, Lúpulo e Cannabis compartilham até doenças. De alguns anos para cá, a doença mais comum em plantações de lúpulo “pulou” para o cannabis. O Hops Latent Virus (HLV) vive boa parte da sua “vida” em dormência, mas nas condições propícias, pode causar efeitos devastadores em plantações de lúpulo e agora de cannabis também.




OZ é reconhecido por sua expertise e paixão pela planta, nasceu em uma pequena cidade do interior, onde desenvolveu desde cedo um interesse pelas propriedades terapêuticas e culturais do mundo vegetal. Ao longo dos anos, se dedicou a estudar e compreender profundamente os diferentes aspectos das plantas medicinais. Sua busca incessante pelo conhecimento levou-o a viajar, quando teve a oportunidade de experimentar e estudar culturas e tradições relacionadas à cannabis.


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