Os americanos do Norte servem coleslaw com quase tudo. Carne, salsicha, frango, peixe, com sanduíches de peito de peru ou pastrami… Pra quem não se ligou, coleslaw é a salada mais popular made in USA. Dizem os historiadores que a origem é holandesa.
Nesse momento, seja o seu berço Amsterdã ou Nova York, interessa saber que é uma salada fresca, simples, versátil. Como tudo na vida, tem várias versões.
Meu coleslaw preferido, depois de experimentar quase todas as variações, leva meio repolho pequeno cortado a faca, bem fino, duas cenouras e uma maçã, raladas na mandoline ou equivalente, e umas duas colheres de sopa de cebolinha verde picada. Não leva maionese, nem creme de leite, mas uma xícara de iogurte natural e uma colher de sopa de mostarda Dijon, sal e pimenta-do-reino moída na hora. Muitos acrescentam açúcar, mas o toque doce, na minha salada, fica por conta da maçã. Também dispensei o vinagre, pois a mostarda já confere a acidez necessária.
Sempre sirvo o coleslaw frio, jamais gelado. Embora seja o típico acompanhamento, gosto de transformá-lo em prato principal. Duas fatias de pão integral ou de centeio, ligeiramente tostadas, completam uma refeição.
Na França, conheci um chef normando que servia a sua versão bem particular: substituiu o repolho por aipo! O perfume desse coleslaw é outro, mas vale conferir. Fica assim meio salada Waldorf…e é interessante.
Na cozinha, como na vida, a sensata sugestão é sempre que se dê uns passinhos para fora da gaiola. A existência fica mais divertida, ou possível. Você escolhe.
SANDRA S. é carioca, formou-se em letras (cup-rio), com pós em literatura brasileira (puc-rio), e direito (ucam-rio). na frança, fez dois estágios profissionais de confeitaria na école lenôtre. hoje, escreve, traduz e cozinha. biblioteca.culinaria@gmail.com @setecolheres
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