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Por que se pratica yoga? - Guga Dale

Muita gente acha que se pratica yoga para ficar calmo, mais flexível, alongado, mais bonito – que são consequências naturais da prática, e não tem nada de errado em se querer tudo isso – mas está longe de ser a finalidade de se praticar yoga.

As posturas de yoga são técnicas não apenas para fortalecer o corpo, mas também para administrar a mente. Uma maneira de fazer corpo, mente, respiração, intelecto, memória e ego funcionarem em seu estado ideal de desenvolvimento.

Quando você está no seu melhor, você está no estado de yoga. Você conecta, harmoniza e integra todos os diferentes aspectos de quem você é.

Yoga significa união, integração. Mas o que a gente quer tanto unir e integrar?

Em poucas palavras, o objetivo final do yoga é (re) integrar a nossa consciência individual com a consciência suprema. Então, a prática de posturas tem como finalidade primária reduzir a atividade mental para que a prática meditativa seja mais eficiente e profunda.

Podemos entender como consciência individual aquela que está além da mente. E, para acessar essa consciência que dá vida à mente, precisamos, antes, acalmar a mente a ponto de permitir que essa consciência emerja.

A consciência suprema, a inteligência universal, é o todo e, ao mesmo tempo, nada, já que nesse todo não há nada: é um mar de pura consciência cósmica criativa, que muita gente conhece pelo nome de Deus. Um Deus que não julga absolutamente nada, nem ninguém. É puro amor incondicional.

Imagine que essa consciência suprema é um mar de luz, composto de vários micropontos de luz que são as nossas consciências individuais que, temporariamente, também habitam nosso corpo.

Além de nos permitir estarmos conscientes de toda essa maravilha que é a existência, o yoga e a meditação visam proporcionar, em última análise, a dissolução da percepção dual da realidade em que estamos imersos – e facilmente manipuláveis – e o consequente despertar para a percepção integrada, em que nos tornamos capazes de nos sentir um com o todo, de enxergar o outro como um reflexo de nós mesmos, onde o julgamento não faz sentido. Os demais seres vivos, dos demais reinos animal, vegetal e mineral, embora sejam fruto dessa mesma inteligência criativa, não são conscientes de si. Eles simplesmente existem de forma simples, bela e plena. Não filosofam sobre o que é a vida, nem chateiam ninguém por aí com conteúdos virtuais. Temos muito a aprender com eles, temos uma grandiosa oportunidade aqui, em nossas mãos, de transcender a superficialidade do ego, a dualidade da mente e caminhar rumo ao estado de plenitude e de bem-aventurança.

Mas como é que isso acontece? Para acessar essa consciência divina que nos habita é preciso reduzir a atividade mental. É aí que entram as práticas de yoga, respiração, meditação, e a alimentação consciente, de fato um esforço que nem todos estão dispostos a fazer, mas que certamente é muito recompensador!



GUGA DALE iniciou seus estudos sobre yoga e meditação em 2002, quando ainda exercia a profissão de advogado. Em 2015, quando decidiu encerrar seu ciclo na advocacia, partiu para um ano sabático ao redor do mundo, época em que morou na Índia para aprofundar seus estudos e iniciar sua formação em instrutor de yoga e meditação.


Desde 2016 atua como instrutor de yoga e respiração consciente na cidade do Rio de Janeiro, além de co facilitar jornadas de meditação sonora (sound healing) e terapias integrativas de saúde, com formação em Renascimento, Tetha Healing e Barras de Access.


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